A dança cigana encanta e seduz. Além de ser a expressão cultural de um povo, é também um excelente exercício físico, pois além de perder calorias, aumenta a capacidade respiratória, melhora a postura e a coordenação motora. Além de trabalhar esses aspectos, a dança cigana também busca integrar a mente e as emoções ao corpo, para que este se torne mais saudável e equilibrado, proporcionando o autoconhecimento, a consciência corporal, a sociabilização, despertando a feminilidade e a sensualidade, aumentando, assim a auto-estima.
Estudos relatam a origem da dança cigana na Índia. Por serem nômades, os ciganos foram incorporando à dança, ao longo do tempo, elementos e influências de vários lugares. Espanhóis, hindus, árabes e russos são alguns dos povos que deram sua contribuição à dança, por isso, a dança de um é completamente diferente da dança de outro clã. Essas misturas são percebidas não só no ritmo, mas nos acessórios usados pelos dançarinos. . Lenços, echarpes, xales, leques, pandeiros, fitas, flores, punhal, tochas são alguns dos acessórios que dão ainda mais charme aos movimentos corporais. Os elementos costumam ter forte simbolismo e geralmente representam energias da natureza ou traduzem mensagens. Uma única coisa não muda: ela tem o poder de envolver o coração e a alma tanto dos que dançam quanto dos que assistem.
A dança com o leque seduz, enquanto a do pandeiro é pura alegria! A dança do xale mostra toda a beleza da cigana, enquanto a do echarpe indica união, seja amorosa ou de amizade. Ver a cigana dançando entre lenços ou véu é de uma beleza incomparável, além de todos os instrumentos que a acompanha, como violinos, sanfonas, pandeiros e violões. Seus movimentos com as saias, bem rodadas, coloridas e enfeitadas, esbanjam liberdade, além de seu sorriso e olhar marcantes.
Normalmente, são as mulheres que buscam aprender os passos, algumas por questões de saúde, outras espirituais, e outras ainda como forma de terapia, para conhecimento da cultura, amor ao povo cigano. Os motivos que levam aos rodopios podem ser muitos, mas não há como negar: elas buscam se tornarem mais sensuais, pois a mulher cigana é muito sensual, logo a dança cigana desperta a sensualidade num piscar de olhos.
Na dança feminina, os movimentos são baseados da cintura para cima com mexidas de ombros, inclinação da cabeça, giro de punhos e mãos, postura ereta, braços à frente do corpo ou acima da cabeça e movimentos que completem sempre círculos, pois para os ciganos, a vida é um ciclo.
A dança cigana não exige muita técnica, pois os movimentos são uma tradução do que manda o coração. Ela permite que cada pessoa expresse sua singularidade de forma única e incomparável. Por isso, não possui contra indicações, sendo praticada inclusive por crianças e idosos, pois para o povo cigano não há idade para ser feliz!
Eliane F. Colombo
Professora de dança cigana e amante dessa cultura maravilhosa!
F.: 3412-4697 ou 8127-2176
Aulas no Spaço Hatha Yoga
Sextas-feiras das 19hs às 20hs.